terça-feira, 26 de agosto de 2014

O vazio





Resenha Crítica
Título: Bauman e a sociedade consumista.

           A palestra realizada na Universidade Univille, no dia 06 de agosto de 2014, com o professor de Teorias da Comunicação, doutor José Isaías Venera e a professora do Mestrado em História, doutora Raquel Alvarenga Sena Venera, se baseou no livro “Vida para consumo” do escritor Zigmunt Bauman, abordando comparativos na sociedade atual, entre profissões, o capitalismo e como ele mudou desde os tempos modernos até os atuais, na pós-modernidade.
          O “trabalho” ou a “força de trabalho” que Karl Marx discutiu, teve reflexões referentes ao trabalho realizado por uma garota de programa com o de qualquer outra profissão “menos denegrida socialmente”. O que puseram em discussão que, qualquer trabalho realizado terá a mesma força empregada, ou seja, a mesma doação do corpo do profissional para realizar alguma atividade. Nesse sentido, só é observada a parte física em si, mas claro, como toda moral social, há diferentes hierarquias em relação ao trabalho. Que, por mais que se diga que comparar profissões é enaltecer o preconceito, já é do ser humano ser preconceituoso, e esta, é uma constante luta nas relações.
          Bauman diz que, na Modernidade, a sociedade era definida como sociedade de produtores, já que os resquícios da Revolução Industrial ainda estavam em alta.  E, com o aumento das produções em série, a Pós-Modernidade se tornou sociedade de consumidores, em que foi descoberto que, apresentar uma imagem positiva de um produto em anúncios ao público, transmite emoções e o desejo de consumir. Nesse sentido, Bauman define a passagem de consumo para o consumismo: “É quando ‘nossa capacidade de querer, desejar, ansiar e particularmente de experimentar tais emoções repetidas vezes de fato passou a sustentar a economia’ do convívio humano.”.
          Dessa maneira, o consumismo nada mais é do que um meio de preencher o vazio que as pessoas sentem. Uma forma de autopremiação instantânea que, se não for bem controlada, gera inúmeros descontroles ao sujeito que aplica esse “arranjo social” como forma de resolução de seus problemas. 

Acadêmica: Maiara C. Cabral 

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